...O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no Jardim do Éden (no Paraíso!) para o cultivar e guardar. Deu-lhe este preceito: "Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente"...

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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu vi um sertanejo universitário matando o outro com uma espingarda!


Irmãos, sei que já estão cansados de ouvir as minhas considerações sobre a burrice juvenil e a “idiocracia” que tomou conta do nosso éden.
Mas desta vez presenciei in loco a mais contundente e aterrorizante prova dos rumos que nossa “sociedade” paraisense está tomando.

Foi neste domingo, dia de CAVALGADA (leia-se cavalada) e início da Exposição Agropecuária. Este ano não fiz questão de ir nem por curiosidade. Porém fui a um almoço na casa de uma tia da minha namorada. No caminho vi gente bêbada pendurada em carrocerias de camionetes e outras penduradas em janelas de carros de passeio. “Cowgirls infantis” supermaquiadas com suas botas poderosas e com as barriguinhas de fora prontas pro que der e vier, munidas de suas latinhas de cerveja (que fiquei sabendo por um fofoqueiro de plantão que foram distribuídas de graça por um deputado da cidade). Já ganhou!!!!!! 



Bom, quando cheguei ao endereço do almoço, detectei logo na esquina um bar repleto de gente de bota e chapéu, todos com camisetas iguais. Em frente estava posicionado um pequeno trio elétrico tocando os “hinos” do movimento que variavam entre Sorocaba e Geovani e Luan a La Xuxa. Lá de dentro dava pra ouvir o funk comendo solto. Um coquetel molotov que se completava com a enxurrada de cachaça (talvez doada por algum outro político). Haviam mulheres bêbadas sentadas pelas calçadas, homens abraçando-se com os postes para não cair e no meio desta bagaceira um monte de crianças e adolescentes.

Já indignado, entrei para almoçar. Mal terminamos o almoço alguém avisou que estava acontecendo uma briga no tal bar. Fomos até o portão para ver e lá estavam vários cowboys do cerrado se estapiando e ofendendo suas mãezinhas mutuamente! Vi uma mulher de botas pra lá de bêbada querendo bater na cara de um sujeito bem maior do que ela. Tudo isso no meio da rua em frente a casa onde estávamos. Alguns saíram arrastando uns outros mais esquentadinhos para longe. 



Quando pensei que tudo acabaria apenas no vexame, surgem  dois moleques, um com uma faca e outro com uma espingarda enrolada em uma toalha. Neste momento já estávamos ligando para policia cujo número só dava sinal de ocupado (sinal de que a desgraceira estava espalhada pela cidade toda). Foi quando, bem em frente a nós, um cowboy sem camisa e metido a herói partiu com tudo para cima do moleque que estava com a faca e o outro da espingarda se aproximou e atirou a queima roupa no “herói”.



Não se enganem, não estou falando de nenhuma favela do Rio de Janeiro, ou mesmo de uma periferia de Paraíso, tudo aconteceu no centro da cidade, em um evento com pessoas de classe média. Ali estavam estudantes universitários, empresários e até professores. Depois fiquei sabendo que o que eu vi neste dia foi apenas uma fração do que aconteceu por toda a cidade e no parque de exposições. 

A polícia muito ocupada neste dia, só nos atendeu minutos depois do tiro e chegou algum tempo depois, porém já havia acontecido o pior e o nosso cowboy herói, morreu ao chegar no hospital. O seu assassino, não devia ter mais que 18 anos. Neste momento mulheres, homens  e crianças se esguelavam em prantos desesperados enquanto Luan Santana ecoava como música de fundo. Foi quando olhei para a camiseta de uma Cowgirl infantil que havia corrido para para se esconder dentro da casa que eu estava e vislumbrei o nome da comitiva: “Se Não Agüenta, Pra Que Veio?”.


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